sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Férias merecidas...


Desta é de vez. Vou estar ausente próximos 15 dias. Mas prometo recarregar baterias e trazer comigo novas ideias, novos alentos e mais afecto e amor.
Às vezes, sem darmos conta disso, ficamos com aquilo que os ingleses chamam e muito bem "Work alchoolique". Embrulhamo-nos de tal forma no trabalho, com os outros, com a família, que aos poucos nos vamos esquecendo de nós. Fechamos as gavetas todas que não interessam abrir, para não sofrer e continuamos a nossa luta, muitas vezes, arrastando-nos, para segurar a "barra" de todos. Somos tantas personagens, numa só pessoa, que não nos lembramos, que precisamos de ser nós próprios nalgum momento...
Somos mães e temos a personagem mãmã, que faz de tudo, desde homem-aranha, cãozinho, banhos de brincadeira, conversamos, vezes sem conta, fazemos de "bruxa má", porque não fazemos todas as vontades. Depois somos a personagem Mulher, que prepara roupa ao marido, faz-lhe a comida, dá-lhe aquele abraço que precisa, escuta-o, somos a amante, amiga e muitas vezes mães deles:)! Depois vem a personagem Profissional. Mediante as situações, somos aquela que não chora, não sofre, é imune a todo o tipo de bactérias e viroses de tristezas. Somos muito fortes. Depois vem a personagem social, que tem de aparecer elegante, sorridente, ser educada, comer com os talheres todos e copos e pratos, que chegamos a uma altura e nem percebemos para que prato serve aquele garfo, qual o copo que devo utilizar.. Chega a personagem amiga, que recebe os seus amigos, mas nunca está descontraída, porque quer recebê-los tão bem, que não pára. Tira e põe pratos. Levanta-se centenas de vezes da cadeira. Bom, poderia falar-vos de tantas outras personagens. Todas elas fazem parte de nós. Como é possível? Nós Mulheres somos poços de surpresas! De tal maneira, que somos verdadeiras actrizes de uma novela, que é a nossa vida. Mas onde está a personagem principal? A verdadeira? Aquela que não precisa de ser nada. Somente ela. Não está. Porque não há tempo para sermos esssa personagem.
Tudo isto para vos dizer, que a minha vida tem sido assim, desde que me lembro ser gente. Aos quase 34 anos, sinto uma necessidade enorme de parar, de olhar para dentro de mim, de me conhecer melhor, de estar comigo própria e depois preciso mudar algumas coisas na minha vida. Só poderei ser uma Grande actiz, se em primeiro lugar, conseguir ser o EU VERDADEIRO.
A todos os que me seguem, a todas as minhas doces e Grandes Amigas, Mulheres Guerreiras, um abraço muito apertadinho, com beijinho docinho e votos de umas férias felizes para TODOS!
Deixo-vos uma imagem da minha terra: Coimbra, terra de sonhos, de poesia, de encantos. Adoro Aveiro, mas não me esqueço da terra que me viu crescer e tornar-me mulher! Até breve!

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