Um ano de ondulações...

Para quem ainda me visita, estranhará a minha ausência, após um arranque tão intenso e perguntar-se-á se ainda existo..
Sim, ainda sobrevivo e tento que tudo sobreviva há minha volta, neste caso, este blog, que foi criado para partilhar sentimentos, emoções, momentos de um luto, de uma vida de mãe, mulher, profissional, como tantas outras que por aqui passam.
Este ano tem sido cheio de ondulações.
Iniciei o ano, dando continuidade ao que começara no ano anterior, e naturalmente, as situações foram surgindo e foram-se acumulando inevitavelmente.
Depois da edição de dois livros, de entrevistas, de programas de televisão, numa tentativa de passar a mensagem aos que vivem situações idênticas e aos que não passam, mostrando-se pouco interessados no assunto, mas mesmo assim, há que mostrar que a vida não é um fim-de-semana nas "Ilhas Canárias", mas mais um fim-de-semana nos Açores, apareceu na minha vida o Pais em Rede.
A partir de então, tenho-me dedicado de corpo e alma a este Projecto maravilhoso. Conciliando com a vida familiar, trabalho, estudos, tornou-se exaustivo, ainda assim, compensador.
A escrita foi ficando para trás, o blog, foi menos acarinhado, do que o devido, enfim..
É altura de abrandar o ritmo, entrar de férias, recarregar energias, para regressar com outro ânimo.
Férias só no final do mês, mas custa lá chegar. Ufa!
Sinto necessidade de me refugiar com a família. Sinto necessidade de mudar a minha vida, em relação ao trabalho, de me dedicar mais a causas como as que envolve o Pais em Rede, dedicar mais tempo à família, aumentá-la e terminar projectos que foram iniciados e há que os assumir e dar-lhes um fim. Como se costuma dizer:"Meteste-te nelas, agora aguenta". Falo da minha tese de mestrado, dos livros que estão por editar.
Há outros projectos que têm de iniciar e por isso há que terminar estes.
Mas este ano, foi acima de tudo, um ano de muita aprendizagem, a vários níveis. Conheci pessoas maravilhosas, crianças e jovens deliciosos. Também tive que "gramar" com aquelas pessoas, que dispensamos perfeitamente, mas também essas são absolutamente necessárias, para aprendermos o que temos de aprender, para depois "as colocar no lugar".
Tive muitas ondulações pelo caminho, mas não temos todos?
Vem aí tempos de paz, de serenidade. É preciso agarrá-los. O mar começa a abrandar e silenciosamente a tranquilizar.....