sábado, 3 de janeiro de 2009

"Começar"

Com o crescimento de uma vida a dois, nasce a possibilidade de uma gravidez. De forma planeada ou não, desejada ou não, a gravidez passa de uma mera possibilidade a uma realidade.
Com o resultado positivo, o casal inicia uma viagem de 9 meses, em que se começa a contar a história de um novo ser. Esta viagem é recheada de mudanças, alterações físicas e psicológicas (no caso da mulher), psicológicas (no caso do pai). É um período de reajustamentos na vida de um casal. Reajustamentos que não terminam com esta viagem de 9 meses, porque as reestruturações serão feitas à medida que vamos contando a história dos nossos rebentos, a nossa história.
A gravidez pode fazer despontar um turbilhão de sentimentos e emoções ou tornar-se numa fonte de ansiedade.
Esta mobilização de sentimentos, ansiedades, emoções, está relacionada com muitos factores da vida do casal e da história de vida da mãe e do pai.
Por entre esta onda de situações vivenciadas numa gravidez surge o processo de vinculação. Um processo que decorre durante toda a vida de mãe-filho.
A vinculação tem um valor adaptativo para o bebé, assegurando-lhe uma série de necessidades, tanto físicas, como sociais e psicológicas.
O olhar, o sorriso, a expressão de uma criança feliz, mostra, claramente, o poder vinculativo, da relação mãe/filho, pai/filho.
Esta relação de vinculação entre mãe-filho, inicia dentro do útero, continua com o nascimento e prolonga-se pela vida fora.
“Eu vivo num T0 dentro da minha mãe e, à falta de janelas, guio-me pelos olhos dela. Um dia – presumo – ela há-de sentir saudades dos meus fantásticos pontapés, sempre que me adoça a alma com o som do mar e a sensação de bem-estar que ela traz consigo e que chega a mim através de uma absoluta calma e serenidade…”

Estamos a iniciar um Novo Ano e com ele, vem as notícias de uma gravidez, uma nova gravidez, um bébé que nasce, por isso nada melhor de que algumas palavras para todas as mães, futuras mães.
Dedico este artigo em especial às minhas meninas, ao meu querido marido que foi maravilhoso no acompanhamento das minhas duas gestações e à Cris, uma amiga para a vida.
Um Doce Ano para todos!

4 comentários:

  1. Muitos parabéns. Que sejam muito felizes todos. As tuas meninas e os papás !

    Um excelente ano e um grande beijinho

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  2. Eu não estou grávida. Escrevi apenas para dedicar às minhas amigas que estão nesse estado tão único e maravilhoso e também a todas as mães que já tiveram essa linda experiência.
    Para mim ainda é complicado. Perdi a R há 2 meses e foi um processo muito doloroso, que ainda continua a ser. Probavelmente será sempre.
    Contudo, obrigada pelo teu miminho:)
    Um Ano Maravilhoso para vocês.

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  3. Oh...tive pena.

    Sim, tens de recuperar o teu corpo e espirito....é essencial para tudo.
    Mas quem sabe dás uma maninha/o às tuas meninas ainda este aninho ?

    Um beijo apertadinho para ti

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  4. Sim, vamos ver...
    Nunca mais vou recuperar de tudo o que passei, mas sei que vou, aos poucos, aprendendo a lidar com tudo o que nos aconteceu.
    Sempre adorei crianças e sempre tive um jeito "especial" para lidar com crianças e jovens "especiais". O meu coração tornou-se ainda maior, depois de ter tido também uma bébé "especial". Mesmo a R não estando entre nós, irei continuar a lutar por crianças especiais como ela. Ela será o meu guia...
    um beijo de mãe para mãe

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