sábado, 25 de julho de 2009

Bons momentos a três

Os últimos tempos tenho estado demasiado ocupada entre o trabalho, a escrita, a vida de casa, fisioterapia, consultas de psicoterapia e psiquiatria e chego tão arrasada ao fim do dia, que já nem forças tenho para vir aqui...

Tenho procurado fazer fins-de-semana em família, sempre diferentes, de forma a ver a Leonor feliz, satisfeita e nós pais, também nos sentirmos um bocadinho mais vivos.

Temos conseguido ter momentos muito bons, juntos. conseguimos sorrir, brincar com a Leonor, enfim, lutamos todos os dias, um bocadinho para continuar o caminho.

Claro que, chego ao fim do dia e vem a nostalgia, a tristeza, de que me faltou partilhar estes momentos com a R. Só Deus sabe, como desejava que ela estivesse junto de nós, feliz, saudável e a viver junto de nós...

Depois falo com ela, choro com ela e fico ali a pedir-lhe forças. Ela ouve-me e procura sempre uma maneira de me ajudar a continuar.

Vou continuando a viver, mas um dia de cada vez.

2 comentários:

  1. Um dia de cada vez...
    Cada momento vivido com a certeza que será único...
    O verdadeiro Carpe Diem que muita gente fala, mas que poucos experimentam.
    Acho mesmo que só quem experimenta a dor de ver a vida a escorregar-nos das mãos sem nada (mais) podermos fazer é que consegue, efectivamente, viver a vida assim.
    Dar valor a pequenas coisas (pormenores para alguns, que até podem passar despercebidos a outros)... pequenas coisas que valem tudo.
    És sem dúvida uma grande Mulher.
    Que estes momentos com a L. e o teu marido, e os momentos com a R., continuem a ser fonte de inspiração e força!
    Espero ansiosa pela publicação do livro!
    Um abraço forte

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  2. Concordo plenamente contigo. Só quem vivencia "o mundo que nos cai aos pés", consegue passar a viver uma vida diferente. Dar atenção a cada pormenore, dar realce a pequenos gestos, sentir os bons momentos de uma forma mais intensa, viver como se não houvesse um "amanhã".
    Todas as mães como Tu, eu e tantas outras, somos sobreviventes, mas mais do que sobreviver, lutamos sempre em prol dos nossos rebentos.Somos LUTADORAS. Se Deus quiser em Setembro publico os meus livros.
    Um abraço grande

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